Por muito tempo, as mulheres foram submetidas a papéis sociais de menor destaque, muitas vezes impedidas de acessar e contribuir plenamente para campos intelectuais, como a filosofia. No entanto, com o passar do tempo, elas conquistaram o espaço que lhes foi tomado. Nos dias de hoje, estamos testemunhando um movimento poderoso de resgate e reconhecimento das contribuições das mulheres na filosofia, corrigindo o apagamento histórico que por muito tempo as relegou ao segundo plano. Nesta lista você irá conferir as principais mulheres na filosofia ao longo do tempo que contribuiram para o mundo da filosofia com suas ótimas reflexões.
Diotima de Mantinea (Século V a.C.)
Diotima é uma figura misteriosa da Grécia Antiga, mencionada no diálogo platônico “O Banquete.” Ela desempenha um papel crucial na discussão sobre o amor e o belo, transmitindo importantes conceitos filosóficos através de Sócrates.
Aspásia de Mileto (Século V a.C.)
Uma intelectual grega, Aspásia era companheira de Péricles e conhecida por seu papel influente na cena política e intelectual de Atenas. Ela era uma das poucas mulheres da época a ser reconhecida por suas contribuições intelectuais.
Hipátia de Alexandria (C. 351/370-415)
Matemática e filósofa neoplatônica, Hipátia é lembrada por suas contribuições na Alexandria romana. Ela ensinava matemática e filosofia e desempenhou um papel importante na preservação do conhecimento clássico.
Ban Zhao (C. 45-116)
Filósofa chinesa e historiadora, Ban Zhao escreveu extensamente sobre ética, educação e história. Sua obra “Admonitions for Women” é uma importante fonte de filosofia confucionista.
Christine de Pizan (1364-1431)
Uma autora e filósofa italiana medieval, Christine de Pizan é conhecida por suas obras literárias e debates sobre a igualdade de gênero. Seu trabalho desafiou as visões misóginas da época.
Tullia d’Aragona (1510-1556)
Tullia d’Aragona foi uma filósofa italiana do século XVI, ativa na Renascença, conhecida por seu talento e intelecto excepcionais. Ela desafiou as normas de gênero da época e é lembrada por sua obra “Diálogos sobre o Amor”.
Olympe de Gouges (1748-1793)
Olympe de Gouges foi uma filósofa e escritora francesa que escreveu a “Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã,” uma obra precursora do feminismo e dos direitos das mulheres.
Mary Wollstonecraft (1759-1797)
Uma filósofa britânica, Mary Wollstonecraft é considerada uma das pioneiras do feminismo moderno. Seu livro “A Vindication of the Rights of Woman” argumenta apaixonadamente pela igualdade de gênero e educação das mulheres.
Rosa Luxemburgo (1871-1919)
Uma filósofa política e marxista, Rosa Luxemburgo é conhecida por suas contribuições para a teoria marxista e seu ativismo revolucionário. Seus escritos abordam temas como a luta de classes e a democracia socialista.
Hannah Arendt (1906-1975)
Filósofa política e teórica social alemã, Hannah Arendt é famosa por suas reflexões sobre política, totalitarismo e ação política. Ela também abordou temas como o poder e a banalidade do mal.
Ayn Rand (1905-1982)
Filósofa e escritora russo-americana, Ayn Rand é a criadora do objetivismo, uma filosofia individualista que enfatiza o egoísmo racional e o livre mercado. Seus romances, como “A Revolta de Atlas,” popularizaram suas ideias.
Simone de Beauvoir (1908-1986)
Filósofa francesa e autora de “O Segundo Sexo,” Simone de Beauvoir é uma figura central no pensamento feminista e existencialista. Seu trabalho explorou questões de liberdade, opressão e identidade de gênero.
Elizabeth Anscombe (1919-2001)
Filósofa britânica conhecida por seu trabalho em ética, filosofia da mente e filosofia da ação. Seu livro “Intention” é notável por suas reflexões sobre ação e intenção.
Philippa Foot (1920-2010)
Filósofa britânica conhecida por seu trabalho na ética, Foot contribuiu para o desenvolvimento da ética da virtude. Seus escritos influenciaram a discussão sobre a moralidade e a ação virtuosa.
Angela Davis (1944-)
Ativista e filósofa política americana, Angela Davis é conhecida por seu ativismo pelos direitos civis e seus escritos sobre questões raciais, de gênero e de justiça social.
Martha Nussbaum (1947-)
Martha Nussbaum é uma filósofa americana conhecida por suas contribuições na ética, filosofia política e filosofia do direito. Ela é conhecida por sua defesa das capacidades humanas e seu trabalho em ética das virtudes. Em 2018 venceu o prêmio Berggruen, considerado o Prêmio Nóbel da Filosofia.
Patricia Hill Collins (1948-)
Patricia Hill Collins é uma socióloga, filósofa e professora emérita na Universidade de Maryland. Seus estudos se concentram em questões como raça, sexo, gênero e nacionalidade. Em 2023 venceu o prêmio Berggruen, considerado o Prêmio Nóbel da Filosofia.
Bell Hooks (1952-2021)
Bell Hooks é o pseudônimo de Gloria Jean Watkins, uma renomada filósofa e escritora americana. Ela é uma figura importante nos estudos culturais e feministas, explorando as interseções de raça, classe e gênero em suas obras. Suas contribuições notáveis tem como tema a busca por igualdade e justiça social.
Christine Korsgaard (1956-)
Christine Korsgaard é uma filósofa contemporânea amplamente reconhecida por seu trabalho na área da ética e filosofia moral. Ela é conhecida por defender uma abordagem kantiana à moralidade e por suas contribuições para a teoria da fundamentação da ética, enfatizando a importância da razão prática e da autodeterminação na tomada de decisões morais. Seu trabalho influente explora questões de identidade pessoal, autonomia e a natureza da obrigação moral.
Judith Butler (1956-)
Uma filósofa americana, Judith Butler é conhecida por seu trabalho em teoria queer e estudos de gênero. Seu livro “Problemas de Gênero” é uma obra influente no campo dos estudos de gênero.
Sites para ressaltar as mulheres na filosofia:
- Enciclopédia Mulheres na Filosofia
- History of Women Philosophers and Scientists (em inglês)
- Rede Brasileira de Mulheres Filósofas
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